16 de outubro de 2011

O que é Psicofonia?

   

   A psicofonia é a mediunidade que permite a comunicação oral de um espírito através do médium. É ainda conhecida popularmente como incorporação, mas este termo poderia sugerir uma falsa idéia de que o espírito comunicante penetra no corpo do médium, o que na verdade não acontece. 
   O médium é sempre responsável pela ordem do desempenho mediúnico e, seja qual for o grau de consciência, o papel dele é sempre passivo. Quando a educação mediúnica é deficiente ou viciosa, o intercâmbio é dificultado, faltando liber­dade e segurança. 
   As vantagens da psicofonia são muitas. Atual­mente, é a faculdade mais encontrada nas práticas mediúnicas. É a porta mais acolhedora e acessível para a manifestação objetiva dos espíritos no plano material. Esta forma de mediunidade é bastante proveito­sa, principalmente pela possibilidade de estabel­ecer o diálogo com o espírito comunicante. Por permitir o diálogo direto, vivo e dinâmico com os espíritos, facilita o atendimento dos que precisam de ajuda ou esclarecimento, possibilitando ainda a doutrinação e consolação dos espíritos pouco esclarecidos sobre as verdades espirituais.

Mecanismo Mediúnico da Psicofonia
    O mentor espiritual responsável pela prepa­ração do fenômeno da psicofonia aproxima-se do médium e lhe aplica forças magnéticas sobre seu chacra coronário, que sensibiliza e ativa a glândula pineal, fazendo-a produzir um hormônio chamado melatonina. A melatonina interage com os neurônios, tendo um efeito sedativo. Em seguida, a melatonina é direcionada para a parte do córtex cerebral responsável pela fala e que vai ficar sob seu efeito, ou seja, sedada. Assim, o médium perde o comando sobre os órgãos da fala, permitindo que outro espírito se ligue a este sistema sensitivo e o utilize. 
   Posteriormente, os espíritos auxiliares aproximam o espírito que irá se manifestar pela psicofonia e fazem a ligação perispiritual aos órgãos sensitivos da fala do médium, através do chacra laríngeo. O espírito comunicante temporariamente se apossa do órgão vocal do médium, apropriando-se de seu mundo sensitivo e conseguindo se expressar através da fala.

Tipos de Mediunidade na Psicofonia




Consciente
   A psicofonia consciente é muito comum. Nela, há uma exteriorização do perispírito do médium de apenas alguns centímetros. O espírito comuni­cante se aproxima do médium sem manter contato perispiritual e transmite telepaticamente as idéias que deseja enunciar. É a mediunidade dos tribu­nos e pregadores, que manifestam a “inspiração momentânea”. O espírito emite o pensamento e influi sobre o aparelho fonador do médium, que transmite as idé­ias conforme as entende e usando seu próprio estilo, vocabulário e construção de frases. Ou seja, a idéia é do espírito, mas o jeito de falar é do médium. O médium sente a influência e capta o pensa­mento do espírito comunicante na origem, antes de falar. Desta forma, ele pode avaliar antes da manifestação, tendo fácil controle do fenômeno. Na Umbanda esse tipo de mediunidade constitui 28%.

Semi-consciente
   Fenômeno mais comum nos médiuns psi­cofônicos, na psicofonia semi-consciente existe uma maior exteriorização do perispírito do médium, mas ainda não completa. O espírito comunicante entra em contato com o perispírito do médium, que se semi-exterioriza, e atua através deste sobre o corpo físico, ficando os órgãos vocais do médium parcialmente sob o controle do espírito que faz a comunicação. Desta forma, o espírito tem maior atuação no orgão fonador, conseguindo falar melhor, em seu próprio estilo. Ou seja, apenas as frases são do médium, mas o estilo e as idéias são do espírito. Enquanto a mensagem é recebida, o médium sabe o que fala, sente o padrão vibratório e a inten­ção do comunicante, podendo controlar e intervir se necessário. Porém, ao terminar a manifestação, só recordará do início e do final da mensagem, ficando apenas com uma vaga lembrança do tema abordado. Na Umbanda esse tipo de mediunidade constitui 70%.


Inconsciente
Na psicofonia inconsciente, que representa somente 2% dos casos de médiuns psicofônicos, há uma exteriorização total do perispírito do médium, ficando apenas ligado pelo cordão fluídico. Inexiste ligação entre o cérebro do médium e a mente do espírito manifestante e mesmo entre sua própria mente perispiritual e o cérebro físico. O fato do espírito do médium se exteriorizar do corpo físico temporariamente faz com que passe a estar inteiramente à disposição e sob controle do espírito comunicante. A atuação do espírito sobre o organismo físico do médium é mais direta, através do chacra laríngeo e dos centros nervosos liberados. Assim, o comunicante tem maior intervenção material, modificando estilo, gestos e entonação de voz. Ou seja, as frases, o estilo e as idéias são todas do espírito. A mensagem é transmitida sem que o médium guarde consciência cerebral dela, porém, em espírito, o mesmo está consciente. Ao recobrar a consciência, o médium geralmente nada recorda da mensagem deixada. A vantagem é que há maior liberdade para o espírito, que se identifica por gestos, entonação da voz e atitudes. 

Revista Cristã De Espiritismo

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