21 – Como
evitar isso?
É preciso
desenvolver e fortalecer defesas espirituais, elevando nosso padrão vibratório,
sintonizando numa freqüência que nos coloque acima das perturbações do
ambiente.
22 – Como
funciona essa questão da sintonia?
Tomemos,
por exemplo, as ondas hertzianas, nas transmissões radiofônicas. Elas se
expandem dentro de freqüência específica. Para ouvir determinada emissora
giramos o dial e a sintonizamos. Nossa mente é um poderoso emissor e receptor
de vibrações e tendemos a sintonizar com multidões que se afinam mentalmente
conosco.
23 – Que
providências devemos tomar para uma sintonia saudável?
Consideremos,
em princípio, que ela é determinada pela natureza de nossos pensamentos.
Lembrando o velho ditado “dize-me com quem andas e te direi quem és “, podemos
afirmar “dize-me a natureza de teus pensamentos e te direi que influências irás
assimilar”.
24 – Isso
significa que equilíbrio e desequilíbrio, paz ou inquietação, alegria ou
tristeza, agressividade ou mansuetude, dependem, essencialmente, de nós?
Exatamente.
Embora nossos problemas físicos e psíquicos possam ser amplificados por
influências ambientes, a origem deles está em nossa maneira de pensar e agir.
Se quisermos o Bem em nossa vida, é fundamental que pensemos e realizemos o
Bem.
25 – Que
livros você indicaria para um iniciante?
É preciso
levar em consideração a cultura e a familiaridade da pessoa com a literatura.
Se for alguém habituado, com facilidade de concentração, deve ler,
inicialmente, O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo
o Espiritismo. Nessas três obras de Allan Kardec, temos, na mesma ordem, o
tríplice aspecto do Espiritismo: Filosofia, Ciência e Religião, estes nasceram
não para a Religião Espiritismo e sim para todos que crêem na existência dos
espíritos, mas para aceitação inicial da espiritualidade e conhecimento
especifico dentro da Umbanda, cabe ao iniciante conhecer Tambores de Angola,
Aruanda de Robson Pinheiros, nos dá uma noção da Umbanda no Astral Superior,
não esquecendo de forma alguma informar ao seu Pai ou Mãe no Santo, sobre seus
estudos, pois este estará disposto a lhe responder futuras dúvidas a respeito
de seu estudo, infelizmente a Umbanda ainda não existe um livro que possamos
pegá-lo como base de estudo para todos, pois a verdade dos Terreiros de Umbanda
é que cada Casa atribui sua Doutrina e esta deve ser respeitada pelo iniciante,
damos sempre como base a Doutrina Espírita, pois a mesma nasceu para ensinar a
todos sobre a Espiritualidade.
26 – O
que é o animismo?
Na
prática mediúnica é algo da alma do próprio médium, interferindo no
intercâmbio. Kardec empregou o termo sonambulismo, explicando, em Obras Póstumas,
quando trata da manifestação dos Espíritos, item 46: O sonâmbulo age sob a
influência do seu próprio Espírito; sua própria alma é que, em momentos de
emancipação, vê, ouve e percebe além dos limites dos sentidos. O que ele
exprime, haure-o de si mesmo…
27 – O
animismo está sempre presente nas manifestações?
O médium
não é um telefone. Ele capta o fluxo mental da entidade e o transmite,
utilizando-se de seus próprios recursos. Sempre haverá algo dele mesmo,
principalmente se for iniciante, com dificuldade para distinguir entre o que é
seu e o que vem do Espírito.
28 –
Existe um percentual envolvendo o animismo na comunicação? Digamos, algo como
quarenta por cento do médium e sessenta por cento do Espírito?
Se o
animismo faz parte do processo mediúnico, sempre haverá um porcentual a ser
considerado, não fixo, mas variável, envolvendo o grau de desenvolvimento do
médium. Geralmente os iniciantes colocam mais de si mesmos na comunicação.
Quando experientes, tendem a interferir menos.
29 – Pode
ocorrer uma manifestação essencialmente anímica, sem que o próprio médium
perceba?
É comum
acontecer, quando está sob tensão nervosa, em dificuldade para lidar com
determinados problemas de ordem particular. As emoções tendem a interferir e
ele acaba transmitindo algo de suas próprias angústias, em suposta
manifestação.
30 –
Seria uma mistificação?
Não,
porque não há intencionalidade. O médium não está tentando enganar ninguém. É
vítima de seus próprios desajustes e nem mesmo tem consciência do que está
acontecendo.
31 – E o
que deve fazer o Pai/Mãe no Santo quando percebe que um Filho no Santo está
entrando nessa faixa?
É preciso
cuidado. O Pai/Mãe no Santo menos avisado pode enxergar animismo onde não
existe. Se a experiência lhe disser que realmente está acontecendo, deve
conversar com o médium, em particular, saber de seus problemas e encaminhá-lo
às giras de desenvolvimento e ou tratamento espiritual. Toda a atenção dos
Pais/Mães no Santo devem ser direcionada a este Filho e estar atento a esta
mediunidade, é comum percebermos que pela ignorância (do saber) é mais fácil
deixá-lo de lado, ou ainda excluí-lo do corpo mediúnico, muitas das vezes estes
são execrados dos Terreiros, não por ser um animista e sim pelo desconhecimento
do Pai/Mãe no Santo sobre o assunto. Se persistir o problema, o médium deve ser
orientado a participar das giras como suporte, auxiliando nos trabalhos.
32 –
Quando é que o Pai/Mãe no Santo deve preocupar-se com o animismo?
Quando
ocorre a manifestação de um espírito que se diz orientador. É preciso passar o
que diz pelo crivo da razão, distinguindo não apenas um possível animismo, mas,
também, uma mistificação do Espírito comunicante.
33 – O
médium que se sinta enfermo deve resguardar-se, deixando de comparecer à gira?
Depende
do tipo de problema que esteja enfrentando. Se fortemente gripado, febril, é
conveniente que se ausente, resguardando também os irmãos, que podem contrair
seu mal. Mas há sintomas físicos e psíquicos que apenas revelam a proximidade
de Espírito sofredor, não raro trazido pelos mentores espirituais para um
contato inicial, a favorecer a manifestação.
34 –
Nesse caso, mesmo não se sentindo bem, o médium deve comparecer?
Sim,
porque o que está sentindo é parte de seu trabalho, exprimindo as angústias e
sensações do Espírito, relacionadas com a doença ou os problemas que enfrentou
na vida física.
35 – Isso
significa que uma dor na perna, por exemplo, pode ter origem espiritual?
É comum.
Acontece principalmente com o médium que tem sensibilidade mais dilatada. Ao
transmitir a manifestação de um Espírito que desencarnou por problema
circulatório, cuja perna gangrenou, tenderá a sentir dor semelhante, não raro
antes da reunião, devido à aproximação da entidade.
36 –
Ocorre o mesmo em relação às emoções?
É
freqüente. Sintonizado com o Espírito, o médium capta o que vai em seu íntimo.
Se a entidade sente-se atormentada, aflita, tensa, nervosa ou angustiada,
experimentará algo dessas emoções.
37 – E se
o médium, imaginando que esses sintomas físicos e emocionais estão relacionados
com seus próprios problemas, decide não comparecer à reunião?
Se alguém
nos confia um doente para levá-lo ao hospital, e decidimos instalá-lo em nossa
casa, assumiremos o ônus de cuidar dele. Certamente nos dará muito trabalho,
principalmente se for um doente mental.
38 – É
possível que essa ligação com entidades perturbadas ocorra independentemente da
iniciativa dos mentores espirituais?
É o que
mais acontece. Vivemos rodeados por Espíritos destrambelhados, sem nenhuma
noção da vida espiritual, que se agarram aos homens, como náufragos numa tábua
de salvação. Nem é necessário ter mediunidade ostensiva. Todos estamos sujeitos
a sofrer essa influência.
39 –
Digamos que o médium receba influência dessa natureza na segunda-feira e só
comparecerá ao Terreiro no sábado. Sofrerá durante a semana toda?
Com a
experiência e a dedicação ao estudo ele aprenderá a lidar com esse problema,
cultivando a oração e dialogando intimamente com a entidade que, com o concurso
de mentores espirituais, será amparada.
40 –
Devemos informar a esse respeito pessoas que procuram o Terreiro, perturbadas
por tais aproximações?
É preciso
cuidado. Pessoas suscetíveis, que guardam idéias equivocadas, relacionadas com
influências demoníacas, podem apavorar-se. Nunca mais porão os pés no Terreiro.
Adaptações:
Alex de Oxóssi
Retirado do Livro: MEDIUNIDADE – TUDO O QUE VOCÊ
PRECISA SABER RICHARD SIMONETTI
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